quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O craque vale quanto custa? Opinem!


Não gosto de abordar os valores dos salários dos profissionais do futebol, pois cada um vale o quanto o seu empregador está disposto a pagar. Se é muito ou pouco realmente não me importa, ou melhor, só interessa a ambas as partes, ou seja, a quem paga e a quem oferece o serviço.
No entanto proponho aqui uma discussão mais profunda e tendo como base os salários pagos pelos clubes brasileiros. É inegável o bom momento do país na economia mundial. A virada da moeda brasileira aconteceu há alguns anos e o crescimento foi real, com o perdão do trocadilho. Isso apresentou uma nova realidade para as pessoas e também para as instituições, neste caso os clubes de futebol.
Agora, pergunto: Mesmo com a economia brasileira mais que aquecida, é prudente que um clube de futebol pague a um profissional um salário de R$ 700 mil?
O assunto é polêmico, pois todo profissional tem seu valor. Mas admito que tenho refletido sobre as cifras desembolsadas no futebol. Os salários aumentam em ritmo acelerado e os dirigentes dos clubes, movidos à paixão e também à pressão dos torcedores, que são também passionais ao extremo, acabam abraçando uma realidade perigosa, sobretudo para os cofres das agremiações.
O meia Thiago Neves deixou o Flamengo e voltou para o Fluminense. Em seu retorno às Laranjeiras, o craque acabou seduzido por uma proposta salarial de R$ 700 mil. Um salários considerável, sobretudo em se tratando de um clube brasileiro.
Vale lembrar que o Tricolor carioca tem ainda em seu elenco outros dois jogadores com o mesmo peso de Thiago Neves, principalmente no que diz respeito aos salários. São eles: O atacante Fred e o meia Deco.
Os clubes brasileiros têm aberto seus cofres para os craques. No sul do país, o Grêmio seduziu o atacante Kleber Gladiador com uma proposta de R$ 500 mil mensais. Já o Corinthians desembolsa cerca de R$ 400 mil para ter o atacante Adriano em seu elenco, mesmo sem o craque jogar.
Diante deste quadro, fica a pergunta: O craque vale quanto custa? Para sermos mais democráticos, não podemos esquecer também que os treinadores de futebol têm um ônus para os cofres dos clubes. Felipão, por exemplo, fatura R$700 mil no Palmeiras. Já Luxemburgo custa R$ 500 mil ao Flamengo. O futebol está realmente muito caro.
É verdade que muitos pagamentos contam com aços de marketing, que exploram a imagem do profissional junto às empresas que se tornam parceiras do clube. No entanto muitas vezes a parceria não vinga e o ônus fica apenas com a agremiação. O caso mais flagrante é o de Ronaldinho Gaúcho no Flamengo. O Rubro-Negro tem uma dívida de cerca de R$ 3,2 milhões com o craque, pois o parceiro não cumpriu sua parte.
A situação é delicada. Acredito que os clubes inflacionam o mercado, oferecendo salários fora da realidade e expondo as finanças dos times. É preciso ter responsabilidade.

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